En-tarde (ser)
Partem esvoaçantes, como folhas outonais... o medo e a incerteza, de outros carnavais...
Indelével são as reminiscências que trago dentro do peito... aninhadas em um relicário chamado coração... inundam minha alma de bem querer, e sigo atrás do vento, a correr... a enternecer-me... recriando novas memórias... escrevendo nova história... aquecendo minha tez sob raios solares de um dia primaveril... dentro de horas infindas dos meus devaneios.
Em total sintonia com as primícias florais, busco abrigo debaixo de frondosas árvores, sinto uma brisa suave acariciar a minha face jubilosa.... e mais uma vez, só encontro motivos para agradecer, tomada por blandícias bucólicas de um entardecer... porque nunca é tarde para ser... e eu amplio meu olhar para não perder nenhum detalhe... na longa jornada do meu viver.