Meu filho
Que sorriso ímpar. Que rosto feliz.
Correndo contra o tempo.
Descobriu que a infância passa; tudo pelas brincadeiras.
O dia inteiro deslizando no skate.
Pedalando bicicleta; manobras acrobáticas com o patinete.
Driblando os adversários, fazendo gols gloriosos.
Birra, sua forma de negociar.
O banho para ele um pesadelo.
Escovar os dentes, uma chatice.
Nada de café da manhã.
Direto as brincadeiras
Ele cresce: óculos escuros, brinco na orelha.
Reivindica tudo, questiona!
Chora por um desejo.
Com medo, recorre a mãe.
São apenas nove anos. Quer brincar com o mundo.
Odeia regras. Odeia ordens.
Quer ser livre. Criativo.
Corre pelo parque. Adora os amigos.
Vive a vida com intensidade...
Não quer perder um segundo.
É carinhoso, rebelde. Às vezes um anjo.
As vezes um saci-pererê
Quer ser grande. Quer colo.
Quer amor, muito carinho.
Uma briga interna para não crescer.
Meu maior amigo, meu pequeno tesouro.
O que tenho de mais importante.
Meu cúmplice na vida.
Seu nome – Gabriel.