Vida

Tentei fugir do horizonte.

Corri pro alto da colina.

O céu parece inflar meus pulmões.

Se rarefeito, me decola.

Altitude e atitude.

Caí, fui zigue-zagueando pelo relevo oxigênio.

É intocável.

Reze pela minha alma e minha mente estará em paz.

No colo das águas do rio.

Fui afundando, meu corpo deslizando pelas rochas lisas.

O galho me barrou.

O sol com sua luz em minha face me fez segurar e subir.

Fruto por fruto, me alimentou.

Logo, me senti satisfeito.

Não era minha hora.

Se horizonte é minha realidade e o alto da colina é meu refúgio.

Falta de ar, ela não vai mais me causar.

As águas do rio tem sua face e o galho , as suas mãos.

Ela me irradiou com sua luz, me nutriu com seu amor.

É sol, é fruto.

É ela, a minha vida.

Samara Abdul
Enviado por Samara Abdul em 14/12/2007
Código do texto: T777995