Vida
Tentei fugir do horizonte.
Corri pro alto da colina.
O céu parece inflar meus pulmões.
Se rarefeito, me decola.
Altitude e atitude.
Caí, fui zigue-zagueando pelo relevo oxigênio.
É intocável.
Reze pela minha alma e minha mente estará em paz.
No colo das águas do rio.
Fui afundando, meu corpo deslizando pelas rochas lisas.
O galho me barrou.
O sol com sua luz em minha face me fez segurar e subir.
Fruto por fruto, me alimentou.
Logo, me senti satisfeito.
Não era minha hora.
Se horizonte é minha realidade e o alto da colina é meu refúgio.
Falta de ar, ela não vai mais me causar.
As águas do rio tem sua face e o galho , as suas mãos.
Ela me irradiou com sua luz, me nutriu com seu amor.
É sol, é fruto.
É ela, a minha vida.