Silente
Apenas meu olhar sobrevive.
Silente.
No peito, a tristeza grita, ensurdece.
Silente.
Desisti das palavras. Elas não tem mais sentido.
Silente.
É o que me resta. É o que nos resta. Chegamos aqui...
E então, me calo.
E na minha mudez me resguardo de todos os pensamentos sombrios.
Porque faltam-me adjetivos e verbos que expressem essa totalidade de sentimentos.
E mudo sou conselheiro.
Calado, sou poeta.