Ressurreto
Nas nódoas do tempo, tu ficaste...
Tu fincaste com denodo, a tua bandeira, fez as pazes consigo mesma.
Jaz tormentos de outrora!
Renasceu no crepitar do passado.
Lançando às chamas, teus velhos trajes...
Retorna-te à tua casa em espírito de mansidão.
Em vão... foram teus infortúnios.
Mas a vida, ávida, tudo revela...
E tudo que a ti estavas destinado, se abeirou, te alcançou!
Caem por terra mágoas e aflições pregressas.
Indo de revez, já nem se ressente mais, não carrega culpa e nem desculpas
Culpa somente da maturidade!... te trouxe a esse ínterim e intrepidamente, te pegou pelas pernas, à revelia do teu querer, minimizando o teu sofrer.
E tu que eras tão arredia, tomou as rédeas da própria vida, em sintonia com teu in-verso.
Tuas cicatrizes ficam agora expostas, feito tatuagens... as mesmas que imprimiu na alma... conquanto estão curadas, são mapas de tempos abolidos... levam apenas a antigos territórios de batalha, onde precisou duelar-se!... tuas sombras não te oprimem, é nelas que resplandece tua luz.
Lembra somente que tuas arcaicas molduras não lhe comportavam mais... foi necessário rompê-las... e assim você se expandiu!... dentro e fora... aceita as ciclicidades e avança sem medo, sem pejo... em adejo... sobre os imprevistos que não te assustam, sabe que pode neles pegar impulso.