CEDO Ainda
Ainda é cedo.
Quero dormir
Sonhar que voltas.
De novo te abraçar
Na doçura da noite
Perpétua que não finda.
Tão cedo ainda
Por que a dor não morre?
Por que continuo
Se nada mais resta
Foi se a festa
Foi se a luz
Restaram cinzas
Do amor desfeito
a dor sem remédio
A solidão, o desafeto
O túmulo dentro do peito.