O AMOR É SEMPRE JOVEM

Começa com a primeira namorada. Ali é como se os dois pombinhos fossem viver juntos para todo o sempre. Ai de quem disser a um deles que foi assim que também começou. Ouvirá coisas mil dizendo o contrário. E o que disse que o primeiro namoro termina em nada, talvez pense que o erro do fim do seu primeiro namoro foi seu. E se arrependerá. Porque os dois que vivem o seu primeiro namoro estão jovens, têm a força dos argumentos a seu favor. E os jovens apaixonados seguirão em frente, firmes, resolutos.

Mas, digamos que a experiência sabe mais. E digamos que os namorados de primeira viagem acabam por brigar. E a briga vem a ser séria, irreconciliável. Será que eles quererão se desculpar ante o mundo? Ou não, aí depende do temperamento pessoal deles. E seguem em frente, procurando o amor verdadeiro. Porque duvido que estejam decepcionados com a vida. Certamente pensarão que o correto é sonhar. Pensarão que se esquecerão daquela primeira estória vivida por eles.

Mas agora encontramos os jovens já um tanto mais maduros. E vamos dar um passo largo: e que enfim se casaram.

O divórcio foi introduzido na nossa legislação. Pode acontecer que um casal que a comunidade pensava que vivia muito bem, se separa e se divorcia. Encontramos um deles pelo caminho, e ele nos diz:

- Ainda bem, que agora temos um santo remédio. O divórcio.

Conversando com alguém da Igreja, ele me disse:

- É preocupante, mas a Igreja recomenda aos divorciados que rezem mais.

No entanto, a maioria dos casais vivem bem. E seguem a estrada que no fim lhes levará a dizer:

- Nos amamos bem durante toda a vida.

Este último tipo de união é a que vigora, é a união exemplar.

E poetas já cantaram a história do amor, e cantam ainda o amor, porque o amor é o sentimento univeral. E nascem crianças sempre. E crianças se tornam nossos jovens.

E o amor se inaugura com a juventude.

E no aqui podemos dizer:

- O amor é sempre jovem.

Mesmo os jovens envelhecem e se tornam avós. E avós amam seus netos.

E os netos são a semente do amor.

E aqui eu paro de escrever, senão eu começaria esta prosa de novo.

Aristides Dornas Júnior
Enviado por Aristides Dornas Júnior em 27/04/2023
Reeditado em 27/04/2023
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