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Sei que você talvez não compreenda essa louca roda de nascer e morrer inúmeras vezes na mesma existência. Pense que é uma grande bobagem esse lance de outras versões de si mesmo. Quer saber? Eu não tô nem aí! Sou apaixonada pelos meus processos. Acho encantador possuir estações dentro do peito. Ser cíclica. Permitir a mim deixar versões inadequadas se despedirem para dar passagem a outras melhores. Mergulhar fundo em sombras. Entrar em comas emocionais. Matar o que me fere. Não tenho mais medo das tempestades. Nem dos dias solares de leveza. Todos findam. Altos e baixos o baile segue. Nem pense em prepotência ou arrogância. Não tem essa de perfeitinha por aqui. Muito pelo contrário, quanto mais desperto, um pouco mais forte, mais consciente fico das minhas imperfeições. Compreendo melhor que ainda há tanto pra aprender, e mais ainda pra praticar! Não me julgo melhor que ninguém. Sou apenas admiradora das minhas conquistas. É um universo um tanto egoico, eu sei... Mas, assim me reconheço. Não sou exemplo, nem de ovelha negra, muito menos loba selvagem. Sou alguém que enfrentou seus maiores fantasmas, se encheu de coragem, mergulhando num mar revolto, permitindo que as ondas abrissem novos caminhos. Que se entregou ao desconhecido. Desistiu do sonho cruel da estabilidade a qualquer custo. Vivo o inusitado do Agora. Demoro os olhos no encanto de cada dia. Hoje um sorriso aberto na face. Amanhã eu me fecho na minha cabaninha, me protejo de tudo, lanço sementinhas de esperança. E deixo vir à superfície uma nova persona cheia de inesperadas novidades.

*Si*