Escolinha Latino Coelho
No Sitio Gabriel.
Uma pequena escola
Um professor dedicado
Naquele lugar sagrado
Com esmero fui alfabetizada.
Todos os dias eram de festa
Nós adorávamos ir para a escola
Agente caminhava uns quilômetros
Passava pelos caminhos da roça
Depois numa picada de mato
A turma de colegas era grande.
Na picada de mato havia balanço de cipó
Cada criança dava uma embalada
Para depois a caminhada continuar
Catavam coquinhos à beira do caminho.
A turma de alunos que iam juntos
A vida era uma festa, com muitas brincadeiras.
Lembro-me muito bem das colegas
A Nenze, a Lurdes, o fio e o Gambito, a Ivanilda e o Nenão.
O primo Alceu e o primo Vilceu.
Mais tarde a escola foi construída
Bem mais perto, vieram mais alunos.
O meu irmão Edegar e a mana Terezinha e a Gira.
Os primos Evaldo, o Nico, a Nena e a Marli.
A Zenaide, a zeni, a Eni, a Neuza e o Reneu.
O professor era o meu tio Vivaldino
Quase todos tinham apelidos.
Amada escola municipal!
O Recreio era a parte boa, jogo de caçador...
Entre meninas e meninos...
E a troca de merenda, que agente levava de casa.
Um pão com melado, trocava por laranja ou batata assada.
Todos nós aprendemos o básico para na vida se defender.
O professor ensinava, e se fosse preciso repetia a lição.
Para que todos aprendessem, cada um no seu tempo.
Lembro-me com saudades do tempo bom!