Calabouço fatal
Calabouço fatal
Félix Maier
No Brasil, terra de infinitos contrastes,
O governo quer sempre mais gastos.
Com trinta e sete ministérios para alimentar,
A boquinha companheira (e as lombrigas) não pode faltar.
Para fugir do cadafalso e resolver esse dilema,
O Ogro de Nove Dedos mandou seus ministros para o tema.
Buscaram no Aurélio e no Houaiss um termo tão rebuscado,
Que agora o País vive num calabouço fatal, alienado.
Arcabouço Fiscal foi o nome escolhido
Por Fernando Haddad, o destemido.
Para aumentar a arrecadação de dinheiro
E alimentar a ganância do governo inteiro.
Fernando Haddad colocou um jabuti no poste,
Mas quem pagará a conta são os manés, as novas hostes.
Os petralhas sabem muito bem como trocar as mãos pelos pés,
Dinheiro público é seu prato predileto, com mojitos e canapés.
Com tanta cupidez e tamanha ambição,
O PT mete a mão no dinheiro com precisão.
(Ai, que saudade do mensalão, do petrolão...)
O Brasil sofre de novo nas garras de uma facção.
Pois a solução não é aumentar impostos,
Mas sim controlar os gastos e os excessos.
Enquanto o governo não aprender a lição,
O calabouço fatal será nossa eterna prisão.
Não se iluda, camarada, com essa retórica rebuscada.
O objetivo real é aumentar a arrecadação, dando risada.
E o povo mais uma vez será enganado e esquecido,
Enquanto os petralhas levam o Brasil até o jazigo.