Mulher rendeira
É domingo. Faz sol. Muito!
Ela nem chegou à janela.
Ouço barulho. Parece vassoura em ritmo acelerado.
Há crianças brincando na rua.
Ouço a máquina de lavar “trabalhando intensamente”.
O dia está azul. Lindo!
Há barulhos de panelas.
Água corrente... Talvez da torneira da cozinha.
Vejo crianças empinando pipas. Maravilhosamente coloridas.
Olho em todas as janelas. Ela não aparece.
Talvez esteja arrumando os quartos.
O que posso fazer?
Pego umas flores do campo.
Coloco em sua porta com afeto,
E saio cantando “Olê mulher rendeira...”
Como registro de minha admiração...