Adeus

Vi, no seu jeito de olhar, que as palavras seriam necessárias.

Muito a explicar, a ponderar, a justificar para que ao fim, tudo se acabe assim como começou.

Mas, de que adiantam as razões, quando estas não falam a linguagem das emoções?

Quando o “não” interior e mais forte do que podemos suportar? Como se calar?

 

Em uma vida a dois, não basta um querer, não basta um renunciar, não basta apenas um, amar.

Não basta se dar as mãos, quando os sentimentos não se entrelaçam.

Como suportar viver a cada dia na espera que o amanhã seja diferente,

se não decidirmos agora mesmo como isso acontecerá?

Quando a felicidade dos outros passa a nos incomodar, é hora de resolver a vida, antes que ela nos escravize.

Assim, você eu. Não somos culpados, nem sequer por termos tentado.

 

Paixões explosivas são como um arbusto que plantamos em solo estéril.

Enfeitará a vida, por um breve espaço de tempo e depois, fatalmente irá sucumbir.

Amor é semente. Plantar, adubar, deixar a chuva molhar, para que germine resistente às intempéries e então, floresça.

A felicidade nos fez uma breve visita. Deixará saudades.

Mas, é hora de partir, para um dia podermos chegar, em algum outro lugar.

 

Quando seus lábios tremerem

E as palavras não fluírem,

Apenas, tente sorrir. Fará sentido...

O que seus lábios não conseguirem dizer,

Meu coração já terá compreendido.