Utopia miscigenatória em larga escala?!...

Recentemente assistindo algumas exposições científicas inseridas numa série televisiva ficcional sobre temas catastróficos, cheguei à conclusão de que eu gostaria imensamente de viver até lá pelos anos 2045, 2050 e um pouco mais, desde que assim pudesse vir a ter a gratíssima satisfação de ver toda a nação japonesa habitando segura e confortavelmente em território brasileiro, preferencialmente na pouco habitada e cuidada região Norte... E então, com toda a sua população a salvo das cientificamente previstas hecatombes naturais que deverão se abater sobre o arquipélago japonês a partir da capital, Tóquio, por volta desse período. Por certo todos nós, brasileiros conscientes, receberíamos de braços e corações abertos esse povo proativo, que assim viriam aqui juntar-se à sua já expressiva e admirável colônia dos seus descendentes. Isso seria bom, realmente muito bom para todos.

Pensemos num povo social, familiar, cívica, estudiosa e produtivamente exemplares, uma gente cidadã acima de tudo, enquanto notoriamente dedicados à família, aos seus costumes milenares e à preservação do meio-ambiente, bem como à evolução humana em todas as áreas de atuação.

Agora, que tal começarmos a imaginar a potência mundial em que o Brasil seria transformado, com tamanha mutuamente benéfica imigração japonesa em larga escala, e sua gradual e enriquecedora miscigenação demográfica e cultural, assim rapidamente alavancando um sonhado sincronismo geral nipo-brasileiro, técnica e admiravelmente produtivo, como bem assim já desfrutamos prazerosamente em pequena escala, da sua positiva presença humana e admirável desenvolvimento técnico desde as suas atuais e já benfazejamente tradicionais e vicejantes pequenas comunidades encravadas em nosso território, principalmente a partir dos Estados de São Paulo e Paraná?

Até mesmo porque não nos custa nada sonhar, mesmo que assim umtantoquanto utopicamente sonhar...

...Desde que racional e valorosamente bem acordados, enquanto esperançosamente sonhando com tais belíssimos horizontes assaz humanamente evolutivos.

Pena que tais valorosos cidadãos orientais tenham de amadurecer assim tão precocemente, talvez mesmo por desde sua infância serem excessivamente cobrados em termos de união nacional pelo ininterrupto e urgente soerguimento territorial pós-guerra, cobrados também por extraordinária resiliência diante do sofrimento pessoal e necessidades eventuais e pela conquista de resultados imediatos e permanentes, assim como pela mais absoluta imposição familiar da prática da mais completa e racional obediência aos seus próprios costumes pátrios, consuetudinários, e seus rígidos e perenes valores morais... Isso tudo que infelizmente deve representar pressão psicológica demais, mormente para ser suportada em dados momentos da vida íntima de cada um.

Acaso tal presente utopia venha a se tornar assustadora realidade,

que sejam todos eles mui bem-vindos aqui entre nós!

Armeniz Müller.

...Oarrazoadorpoético.