O quarto de Circe

 

Uma linha reta, monotonamente satisfeita, monocordicamente comprometida.

Um vulcão que direciona toda a sua prodigiosa erupção a uma só pessoa.

Tristemente e infelizmente monógama…

Minhas pernas formam uma gaiola feliz.

Minha cama é a ilha de Circe, descobri que enjoam de agrados e tornam-se porcos.

Mas eu não me farto de bem tratar, trato

bem e preparo até mesmo o adeus.

Se partir…que vá com as boas lembranças de ter sido conviva de uma deusa.

Em ti vai estar sempre o encanto e só não irás cair novamente, se em seus ouvidos colocares cera, assim como fez Ulisses.

Flávia da Silva
Enviado por Flávia da Silva em 09/04/2023
Reeditado em 02/10/2024
Código do texto: T7759724
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