A Arte, e o Novo Tempo 43( fim)

A Arte, e o Novo Tempo 43

Daquele "Olá!", o que estava sentado, tomou a liberdade de ter um puxadinho de conversa. Sentiu a ignição para tanto. Aquele impeto que dá na gente do impulso para um bate papo com estranho.

---- Boa peça, não é?!

O interlocutor, que estava de pé, pronto a continuar a retirada do teatro, recuou, pedindo licença para poder sentar na cadeira vazia, ao lado do que havia feito a indagação.

Assim que se acomodou, deu um suspiro. Após, dirigindo o olhar para o palco vazio, cruzou os braços sobre a barriga, de modo que roçava com a mão direita, o bigode e barba mal feitos.

Dizia, quase que no cochicho:

---- colega, uso as palavras do psiquiatra e analista Junguiano, nosso contemporâneo, Carlos Byington: " Sou companheiro da viagem de Deus". Percorro o caminho da imaginação, vivo no andar de cima, com os pés bem firmes na Terra".

Após estas palavras, deu uma longa gargalhada, teria sido destravado da face primeira taciturna.

Riu, abundantemente. De tanto, passou tossir freneticamente.

O que estava sentado, encarava-o com preocupação. Seria um no extremo de uma crise neurótica? Maníaco depressivo, bipolar, esquizofrênico?! O que faria? Sairia correndo? Pediria ajuda?

Depois de exaurir todo riso, vazado todo desejo de loucura e extase. Acalmou.

Passou justificar os excessos das suas primeiras apresentações:

----- sinto no seu olhar liberdade, intimidade para expressar minha satisfação e honra em assistir esta primeira apresentação da peça: "A Arte, e o Novo Tempo".

Abaixou a cabeça. Ao levantar o olhar, sua expressão era de certeza, sobriedade, convicção, satisfação de dever cumprido, desapego aos resultados, testemunha de causa própria.

Olhando de lado ao que o ouvia, continua a fala, depois de um repuxado com os dedos indicador e médio, a ponta do bigode pelo lado esquerdo:

---- sou Autor desta peça, a trama foi escrita como que no entremear dos fios pela fiandeira, pela crocheteira, tecendo uma peça de multicores, composta de pontos diferentes.

Vivi, hoje, a frente e o avesso do trabalho. Usei, para tecer a narrativa, a mente dos nossos antepassados num ressignificado que expressa a esperança maltratada do ontem no futuro que se faz hoje.

Remontei sentido para auspiciosas virtudes que pulsam na história nos tempos, para que a Arte não seja sucumbida na fragmentação estabelecida, da religião e da ciência, da matéria e do espírito .

Nesta peça, promovi o que dá vida à obra do alquimista do bem. Força e vontade, anfitriãs da festa consciencial desta era.

Este enredo representa a origem e sentido para um novo tempo para a Arte.

O que o ouvia, não teve tempo para mais perguntas. O Autor da obra, colocou as mãos sobre os joelhos, ganhou impulso, levantando, saindo apressadamente.

O derradeiro, último a chegar, saiu um seguida meio atônito, por ouvir tanto.

FIM

ESTA OBRA ESTÁ FINALIZADA EM 43 CAPÍTULOS. PASSARÁ À EDITORAÇÃO OPORTUNAMENTE.

GRATIDÃO DEUS!!!! POR MAIS UMA OBRA CONCLUÍDA!!!! GRATIDÃO LEITORES AMIGOS, PELA PACIÊNCIA!!!!

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 29/03/2023
Reeditado em 29/03/2023
Código do texto: T7751561
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