A FACE FEMININA DE EDWARD
Faz um bom tempo que não venho postar nenhum escrito, simplesmente por não ter escrito nada, por total falta de tempo...
Amo o que faço mas creio que é necessário rever minhas prioridades e escrever é uma delas...
Este texto é uma homenagem a uma pessoa muito querida que se surpreendeu com o quanto a enxergo. rs
Ele foi "construído" aos pedaços, membro a membro, na busca incansável pela perfeição (inexistente!).
Ela também... mosaico materno / paterno ou de nenhum dos dois... totalmente ela mesma (primogênita!).
Ambos nasceram dos sonhos de seus criadores e se perceberam obras inacabadas, em contínua reconstrução.
Segundo Lavoisier, na natureza nada se cria ou se perde,nem Edward; tudo se transforma, inclusive a face feminina de Edward...
As relações interpessoais são voláteis: do sonho / pesadelo à realidade; de amado(a) a odiado(a), do negrume / alvura absolutos à multiplicidade da cor; da sombra à luz (ou vice-versa).
As próprias mãos por vezes descobrem-se garras / tesouras, que ferem, aleijam e cortam (pulsos, amarras, vínculos e relações).
Da instrospecção absoluta (quase invisibilidade) à exuberância patológica (tudo sendo experimentado), em busca do meio-termo, do "seu" lugar comum.
As mesmas tesouras que ferem e aleijam podem embelezar, podar, moldar, dar novas formas... iniciar ou terminar relações de afeto / desafeto.
Tesouras fechadas dificilmente ferem, ostras fechadas dificilmente se ferem; tesouras abertas são os verdadeiros "X" da questão...
Qual será a verdadeira face feminina de Edward?
Não sei, nem ela mesma sabe, está "fechada para balanço", está em reconstrução.