Oásis no meio do deserto
Compreendo –
Tenho andado desconectada,
Com o meu eu – Distraída.
Por mais que me sinta cansada,
Na tentativa de transmutar a realidade –
Idealizando a direção.
Aos poucos dada a conexão,
De uma maneira ou de outra –
Sou feliz.
Só desejo fazer o correto,
Neste novo trajeto.
A chance do livramento,
O oásis no meio do deserto.
Olhando-me no espelho,
Reconhecida a ancestralidade –
Realmente como eu sou.
Não deixando-me abalar pelas adversidades,
Quando a tristeza tenta fazer morada –
Digo que aqui não tem pousada.
Agora posso compreender que sou livre,
A liberdade percorrendo pelas veias –
Não enveredo-me por nenhuma teia.
Desfiz-me do que me acorrentava,
Daquilo que não trazia mais a satisfação.
A certeza movimentando o coração,
Para trás as antigas crenças limitantes.
Sinto-me outra pessoa,
Vibrações positivas na alma ressoa.
Emanando outra energia,
Atraindo contente sinergia.
A falsidade –
Prendia-me em caminhos hostis, os labirintos,
Em uma vida vazia, puxando-me para baixo.
Como? Se o objetivo é a expansão!
Atando-me à momentos frios, sem emoção,
Tirando-me do prumo, permanecendo fora do eixo.
Desejo viver tudo o que faça algum sentido,
Combinando ao meu modo atrevido.
Na realização, tamanha a excitação,
Revelando-se ao extremo, comovido.
Na dualidade –
Espelhando o externo ao interno,
Perfeita interação.
Atraindo somente o que faz o bem,
A maldade deixo para trás.
Atravessando por conhecidos portais:
Vencendo os obstáculos,
Movendo montanhas.
Controlando a mente,
Basta de mentiras.
Em um mundo cercado pela ilusão,
São desmedidas as aventuras.
Movidas pela inveja e ostentação,
Sigo em frente –
Testando os limites.
Faço-me maior através do livre arbítrio,
Entrego o meu ser a luminescência.
Performática aura, de luz essência,
Abasteço-me –
Levada pela correnteza de rios.
Rendo-me aos devaneios,
Na lucidez da transitoriedade.
Repleta de felicidades,
Preenchendo-me de sonhos,
Não somente nos versos que componho.
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