Breve desabafo de um cidadão

E o homem, apequenado pela ganância, desmedido nos gestos, incompreensível na fala e confuso no pensamento, como se ignorasse ou não soubesse como se apresentava, era a anedota da desfaçatez no comando. Em função das aparições espetaculares, e também motivo de assombrosas sensações, o fanfarrão incita e inspira - para aquele que busca significados escamoteados - preocupações. O que, sem esquecer a importância do retrocesso que exala a triste figura, não terá, para quem não aquiete frente aos desmandos, o perdão merecido aos justos. Não. A esse, nada mais que a mais severa responsabilização.

Não haverá, àquele que detém o mínimo de senso de responsabilidade, a promíscua aprovação ao explosivo mentecapto. Posto que se aparecer alguém que ignore o que se descortina em cada mirabólica aparição da carnavalesca figura, não restará outra possibilidade senão insiri -la no bloco dos boçais. Mesmo porquê há dias passados, relembrou o homem, trivial, porque sem significado considerado, e personagem de fatos emblemáticos da vida política nacional, o instigador de ódios e mitômano profissional, referendou ações demolidoras das estruturas erguidas a sangue e sofrimento. Assim, continuou o amigo dos homens e amante do debate, não se poderá calar quando aventureiros, impulsionados por sensações cesarinas, incitam e instigam verdadeiras manadas a destruírem alicerces duramente construídos.

O edifício democrático, ainda que imperfeito, porque em constante construção, em nome de arroubos pessoalistas e sem considerar o estrago na vida de gerações futuras, não pode e não deve, a todo tempo e o tempo todo, sentir-se abalado ou em risco de. Assim, continuou o homen antes de partir, não há outra palavra que melhor defina essas manifestações e apoio recebidos, senão de fascistas. Afinal, continuou depois de breve pausa, que outro termo será possível a quem busca destruir a vida política e social de uma nação, cuja única intenção não será outra a não ser de se perpetuar no poder destruindo os alicerces do edifício democrático?

Feita a pergunta, como se a cada qual que ouvira aquelas palavras e sentisse o sentido de cada pronúncia, o silêncio se apresentou...