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Ando um pouco cansada do deixa pra lá de todos os dias...dessa dança sem ritmo de contar o tempo;  dos encontros na rotina da fome dos sentidos. Ando querendo escanear aquela certidão onde diz: "até que a morte nos separe", forjar sua assinatura,  caprichar na minha e mandar para o cartório pedindo divórcio à mão armada.

Seus olhares já não valem noites em claro, tudo ficou muito simples com aquele gosto amargo de cabo de guarda-chuva na boca.

Ando bastante cansada desse apesar de tudo,  do sorriso amarelo,  do olhar pontiagudo.

Quando você sair vou bater a porta, deixar tremer os batentes sacudindo os alicerces. Que tudo desmorone e só sobre dentro de mim esta vontade de ser feliz.

 

*texto lírico*

 

Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 16/03/2023
Reeditado em 16/03/2023
Código do texto: T7741695
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