Ando um pouco cansada do deixa pra lá de todos os dias...dessa dança sem ritmo de contar o tempo; dos encontros na rotina da fome dos sentidos. Ando querendo escanear aquela certidão onde diz: "até que a morte nos separe", forjar sua assinatura, caprichar na minha e mandar para o cartório pedindo divórcio à mão armada.
Seus olhares já não valem noites em claro, tudo ficou muito simples com aquele gosto amargo de cabo de guarda-chuva na boca.
Ando bastante cansada desse apesar de tudo, do sorriso amarelo, do olhar pontiagudo.
Quando você sair vou bater a porta, deixar tremer os batentes sacudindo os alicerces. Que tudo desmorone e só sobre dentro de mim esta vontade de ser feliz.
*texto lírico*