(In)ten(sos)

O que fazer com a intensidade que me habita, que transborda de mim e esvai pelo vão dos dedos?

O que fazer com todos estes que residem em mim e que dançam em meu estômago?

Estou possuído por uma energia que pulsa, que transforma os órgãos em um magma do mais violento vulcão.

Meu sangue torna-se oceano, meus músculos cascos de um barco a navegar pela tormenta causada pelos batimentos do coração.

Os remos foram abandonados, somente o vento a soprar, me carregando na direção da lua crescente.

Deitado sobre o assoalho, permaneço encarando o brilho das estrelas e sentindo cada celula vibrar.

Estremeço.

Reviro.

Revivo.