BILHETE NA MÃO
A variedade dos conhecimentos, se perde numa extensa vastidão
Mas com certeza muitos deles devem estar fora do alcance humano
E jamais serão encontrados, mesmo com toda a persistência da razão
E as efêmeras teorias da ciência humana, sempre conduzem ao engano
Existe, porém, a promessa explícita de que “todos me conhecerão”
Supondo que tal promessa esteja vinculada ao fim de toda a jornada
Podemos considerar que muito brevemente todos de fato logo saberão
E que finalmente, a humanidade se aproxima da máxima do “tudo ou nada”
A grande maioria gastou todo o seu tempo correndo atrás da ilusão
Somente acumulando patrimônio, fazendo da aventura sua realidade
Talvez ainda aja o pequeno espaço de tempo para que se faça a reflexão
Esquecendo todas as tolices da razão, para cuidar mais da espiritualidade
O trem está chegando, é bom se apressar, correndo para a estação
Levando na mala os erros e acertos cotejados para o justo julgamento
Nessa oportunidade, todos os precavidos trazendo o bilhete na sua mão
Os acertos são leves, mas nos erros se carrega todo peso do arrependimento