Condenação Cega
Sujeito era um tranquera, só vivia da jogatina.
Sua muiê, já tão cansada, cos fio, cas fia.
Quando via o camarada,
portão adentro,
na alvorada,
não media febre
nem esforço,
na hora da
esculachada.
Soltava era no ato:
- De novo essa paiaçada? Até quando vai ficar perdendo tempo com essa mulecada?
Como se a culpa fosse dos oto,
e não da escolha do imbecil malandro
que ela escolhera pra viver esse conto de fada...
Ôh, coitada!