A brisa noturna
Estava eu, com um baseado na mão e descalço, na garoa leve do quintal de minha vó. Eram 4 ou talvez 3 da manhã, estava sem relógio. Quase não conseguia distinguir o que estava a um metro, a madrugada estava muito escura, a única fonte de luz eram as estrelas e a lua nova que quase não se aparecia. Caminhando mais um pouco, com a visão que minha memória me dava das coisas quando estava de dia, senti algo passando por entre os joelhos, era o cachorro da minha vó. Me acertando o curto rabo nas pernas, me pedia carinho, afaguei sua orelhas e assoprei um pouco de fumaça no seu rosto.
A terra estava bem úmida, tinha chovido aquela noite e agora a garoa era só um chovisco gelado. Pensei em quase todas as coisa pensaveis que rondavam minha mente. Eu ainda não estava com fome causado pelo THC da maconha, mas parecia que eu estava com vontade de comer algo. Entrei em casa, já eu voltava.