Amor que não envelhece
Inexplicavelmente continuo a amar-te
em silêncio, só, até mesmo quando a noite cai e o corpo desmorona em cansaço para ver as noites de lua cheia,
Quando o corpo desperta para ver a aurora do novo dia
corro contra o tempo
carregando dentro do peito
uma saudade que quase sufoca,
um desejo que não morre,
Dança frenética nas pupilas, embriagando o olhar,
amo-te, por entre soluços,
quando a face se enterra em lençóis
e em surdina resta-me apenas este sentimento
e eu sem saber a razão deste querer
... não importa se o tempo passa,
se envelheço,
se a pele enruga,
se o corpo deixou te ter aquela frescura do amanhecer
... porque cá dentro bate forte, um coração de menina, por entre saltitantes pensamentos acerca deste amor
que não morre, vive dentro de mim
... mantendo aquela frescura,
que os sinais do tempo vão roubando sem piedade
porque inexplicavelmente,
mesmo diante da efemeridade
... meu amor não envelhecerá.