O humilde...o simples...o louco...
("Porque na minha pequenez e na simplicidade de minha poesia, sou poeta, sem ser um"...)
~~~~~eflúvio~~~~
Mas esse, quem é? E o quê, quer...
Esse que só fala, a toda hora, dos mesmos assuntos
Repetindo sempre (tendo poucos quem os ouça), as mesmas coisas
Citando em seus versos, verdes, coloridos e amarronzados, mesmos temas
Parecendo um maluco, despencado aqui, caído de alguma nave...
Fuçando...garimpando versos, feito um papagaio, um lunático, pintando coisas...
Como: As do Céu, do Ar, dos Mares, da Terra;
Do Espaço Sideral e de como nele, inda restam tantas belezas!
De quão é fantástico, grande e sensacional, ...infinito e tão misterioso
Do azul de seu firmamento, do dourar do sol e ao pratear da lua
Que ousa pensar tramar, pra brincarem nuvens e estrelas, juntas
Relatando da vastidão da terra, a exuberância colossal da natureza
Exaltando o Poder DELE ao dividir, tão bem ‘dividinho’, a face do tempo
Levando calor e frio, amenidades e temperanças, aos lugares mais inóspitos
À contemplar o ciano santo e salso dos mares e o doce dos rios.
Sobre a terra, repercutindo à exaustão seus incopiáveis prodígios
No reunir animaizinhos (tantos), frutos, sabores, flores, passarinhos!
É que esse...
Esse incorrigível entusiasta e exclusivo amante da poesia
Nessa sua vontade particular, por retratar os Desígnios do Alto
Nessa sua forma peculiar, vencida e démodé, em ver maravilhas
Nesse seu gosto desmedido, no tentar representar esses cenários
Nessa sua voz pouca, rouca de alcances e de limitada visão
Nessa sua reconhecida pequenez no referir-se à Deus e Seus Feitos
Esse que se atreve, vejam só, ser notado como poeta, um dia
Prefere, sem abrir mão e sem negociar (nunca) além de ver; DE SENTIR AS COISAS...
Que garanto e pra isso, já prometendo dar o restante de minha desimportante vida
A continuar, de ser assim: um devaneador (tá bom, um louco), até o fim!
-E como deixar de ser desse modo, se ainda pouco vivi
-Se ainda não decorei, dos passarinhos, suas cores e seus nomes
-Como, se ainda não ouvi todos os seus cantos
-Se, nem de perto estou prestes a desvendar os mistérios do sol
-Sem que ainda não tenha ouvido delas, todos os segredos das luas
-E como não insistir ser assim, se ainda não senti os perfumes...
-E ainda falei, de todas as flores?