FELIZ CARNAVAL A TODOS
Ainda na pré-adolescência eu ouvia dizer que quando um homem ama uma mulher e ela não se interessa pelo seu amor, entristecido, e se sentindo desprezado, recorre ao álcool para afogar suas mágoas.
No cancioneiro popular da musica brasileira mais antigo, principalmente das décadas de 30/40, existe um sem fim de canções que tratam sobre o tema, e algumas são belíssimas.
Nessa época também os filmes de Hollywood glamourizavam a bebida, quantas vezes assistimos a cena de um filme daquela época mostrando um executivo de uma empresa manter no seu escritório de trabalho um litro de whisky para beber uma vez ou outra durante o dia, ou oferecer elegantemente a um visitante. Cantores consagrados se apresentando com um copo de bebida em uma das mãos e um cigarro na outra.
Pois é... Depois da abertura de muitas clínicas de recuperação de alcoólatras e do AAA, passaram a notar que a divulgação desse estilo de vida não era uma boa, gerava muitos gastos pra o governo com os dependentes.
Os jovens mais conscientes que perceberam o mal que o álcool causava se afastaram, mas segundo uma estatística que eu li uma vez, 10% da sociedade nasce com a doença do vício. Sim, o vicio não é simplesmente falta de caráter, é principalmente uma doença. O primeiro país a reconhecer essa condição no mundo foi a França.
Para aliviar as tensões sobre o mal causado na sociedade pela imagem que a “bebida era apenas divertimento”, criaram a geração saúde.
Foi assim que o médico Kenneth Cooper saiu do anonimato. No final dos anos 60, ele inventou um método que avaliava o desempenho de atletas e pessoas comuns em apenas 12 minutos, e se espalhou por todo mundo para a alegria da Nike, Puma e afins, materiais esportivos.
Interessante é quando você descobre que os donos de Hollywood são os mesmos das fabricas de bebidas, dos materiais esportivos, e principalmente da indústria farmacêutica, a mais rentável de todas, e para onde hoje levaram grande parte dos viciados.
Como diz o genial médico brasileiro Dr. Lair Ribeiro, remédio não cura, apenas remedia, se curar, acaba com faturamento astronômico mundial das Big Farma.
Bem a minha intenção quando comecei a escrever esse texto era de apenas alertar, citando músicas antigas, para nesse carnaval não beber demais, depois se apaixonar demais, e sair fazendo merda demais.
Nesse momento pegar leve acho que é um bom conselho.
E voltando ao cancioneiro popular e a bebida, adoro essa música antiga que relata bem um período vivido pela humanidade e consequentemente pelo amor.
“A Mulher Que Ficou Na Taça” lançada por Francisco Alves, o Rei da Voz, em 1934
Musica composta por Francisco Alves e Orestes Barbosa
“E no anseio da desgraça
Encho mais a minha taça
Para afogar a visão
Quanto mais bebida eu ponho
Mais cresce a mulher no sonho
Na taça e no coração”
Lindo demais né?