Senhora
Que venha, pois
Divina senhora
Outrora
Sem modéstia e sem consideração
Fez de reinos
Monarquias falidas
E reis ineptos
Quem sois, senhora
Que uns clamam por deusa
Outros, por destino
Outrora
Poetas e músicos anunciavam sua chegada
Por outras desditas
Cantaram-na por desgraça
Tens rostos jovial e também ignóbil
Por pouco
Muitos a morte se lançaram
E tú
Sorridente igual noiva no altar
A esperar o noivo, em suplicio.