O colorido dos créditos

Pouca gente da importância, mas os créditos do filme, aquelas letrinhas que ficam subindo no final, geralmente acompanhado de uma música (essencial), não são apenas créditos. Pra mim é o momento ápice de qualquer filme: é aquele momento em que vai se raciocinar sobre o conteúdo dele. (Ou vai dizer que alguém, em algum lugar do mundo, já tenha tentado ler aquilo tudo?).

Com o filme de hoje não foi diferente, mas teve efeitos especiais. As lagrimas que escorriam pelo meu rosto desde o meio do filme até o final (da até dor de cabeça) fizeram com que as letrinhas ficassem coloridas! É, é isso mesmo! E eu não bebo, ainda. Vi verde, roxo, vermelho, um montão de cor. Se eu fosse uma pessoa normal, veria e pronto. Mas não, Lagrima agora deu pra filosofar até sobre a tampa do vaso (história para outro texto).

Acontece que as lágrimas limpam a alma. Elas fazem você enxergar, durante ou depois de já secadas, que a escuridão que antes pairava pode se transformar em colorido. Pelas lágrimas, somente por elas.

Por elas encontrei, hoje, o caminho da caixa de lápis de cor, daquelas de apenas doze cores, mas já é alguma coisa. Entre os doze, tem um lápis que é preto, em toda caixinha tem. Mas sem ele nenhum desenho fica cem por cento. O preto faz os contornos, delimita, sustenta as outras cores, apenas faz parte, parte importante. Muito importante.

Recomendo: O Amor não tira férias, filme de Nancy Meyers

LP lágrima

09/12/2007 02h36

LP
Enviado por LP em 10/12/2007
Código do texto: T771737