Café

Elixir ao despertar das manhãs preguiçosas

Fim de tarde com dedo de prosa

É cheiro de casa de vó

Na cidade ou na roça

Motivo gostoso das boas risadas

Na xícara de porcelana ou no copo da padaria

Quem toma café de manhã veste armadura para o dia

No escritório é evento

Uma pausa na vida agitada

Até o chefe corrido encontra tempo

Para uma boa xícara de descontração

Em meio as demandas acumuladas

Pretexto dos primeiros encontros

De muita gente apaixonada

Café, sem dúvida, suaviza a vida

Descontrai até gente mal-humorada

Incontestável poder o seu

De horizontalizar as relações

É socialização sutil

Que alcança todas as gerações

Coado, americano, expresso, latte, machiatto, capuccino ou descafeinado

Até nos drinks, um artigo requisitado

Como pode um mero grãozinho

Ser assim tão cobiçado?

Gourmet ou raiz

Não importa

É certo que no fundo de uma boa xícara de café

Há sempre uma lembrança feliz.

Ana Carla

Acarla
Enviado por Acarla em 31/01/2023
Reeditado em 20/06/2023
Código do texto: T7708248
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