Café
Elixir ao despertar das manhãs preguiçosas
Fim de tarde com dedo de prosa
É cheiro de casa de vó
Na cidade ou na roça
Motivo gostoso das boas risadas
Na xícara de porcelana ou no copo da padaria
Quem toma café de manhã veste armadura para o dia
No escritório é evento
Uma pausa na vida agitada
Até o chefe corrido encontra tempo
Para uma boa xícara de descontração
Em meio as demandas acumuladas
Pretexto dos primeiros encontros
De muita gente apaixonada
Café, sem dúvida, suaviza a vida
Descontrai até gente mal-humorada
Incontestável poder o seu
De horizontalizar as relações
É socialização sutil
Que alcança todas as gerações
Coado, americano, expresso, latte, machiatto, capuccino ou descafeinado
Até nos drinks, um artigo requisitado
Como pode um mero grãozinho
Ser assim tão cobiçado?
Gourmet ou raiz
Não importa
É certo que no fundo de uma boa xícara de café
Há sempre uma lembrança feliz.
Ana Carla