A Condução
Eu não saberia mais, tomar assento atrás do seu, ficar sem enxergar, mas ainda peço que me deixe pegar um agasalho para te acompanhar, seja ao logo ali ou por uma estrada que levasse àquela estátua do (seu) lugar.
Uma sensação boa de te-lo me esperando no quarto de brinquedos, ainda preservada depois do tempo terminado.
... Uma vontade de chegar de novo o ponto da nossa amizade de braços dados, te receber desta vez em solo próprio, sempre pela porta da frente.
Mais uma oportunidade de chegarmos à consideração mútua do descompromisso que acolhe e não deixa só.
Presença que me povoa intacta, pronta para o abraço que saiba novos caminhos naturalmente.
Cada um de nós, faltando pedaço ou não, com a chegada hora de uma outra história se materializando.
É das partes que me compõem, a mais doce e acessível a alguma continuidade feliz.
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Ela me dizia que seria sempre 29 e eu mal compreendia, mas hoje eu sei o quanto ela torcia, dividida entre me apoiar e me confinar, querendo que eu tivesse a velha iniciativa de ser dona do que eu queria.
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Quem já andou no vento com a proteção de costa quente, sabe onde querer (re)pousar, longe de aluguéis passageiros, em terra firme, onde a bússola do tempo traz para si, a vontade de permanecer.
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Já cumpri minha pena pela escolha que fiz e descobri que algumas pessoas têm irmão que fica por fora.
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Não sei (mais) carregar dor alheia na consciência, como se fosse minha. Estou tranquila como quem está pronta.