Mistérios da vida
Para não ficar pensando –
Escrevo.
Traçando na alma,
Os anseios de uma jovem mulher.
Quantos mistérios –
Tem a vida?
No burburinho enigmático,
No silêncio da essência.
Até que emana na carne,
Rasgando o coração –
Os solfejos –
Os sussurros –
Translúcidos –
Talvez impertinentes.
A mente –
E suas questões.
Rabiscando –
Transcrevendo os rascunhos.
Deteriorando o verbo,
Do tempo passado.
Realizando a equação,
Com toda a subtração.
No mover das ações,
Totais multiplicações.
A alegria em divisões,
O viver feito para somar.
Pela terra –
Espalhar a gratidão.
Do contrário –
Haverá a ilusão.
O vicejar da comunhão,
Deslumbre do céu –
Estrelado.
Quantas galáxias –
Derramada pelo universo afora.
No algoritmo celestial,
Quem em sã consciência –
Duvida desse lugar mágico,
Duplamente tridimensional?
A humanidade,
E sua complexidade.
Buscando a sobrevivência,
Neste lugar provençal.
Possuímos tantas demandas,
Prevalecendo o capitalismo.
Não há nenhum heroísmo,
No consumir a empreitada.
O despertar –
É uma longa estrada.
Levando aos caminhos –
Desconhecidos,
Tão angelicais.
Onde desejamos o abrigo,
Um porto seguro, o cais.
Há quem atropela os sonhos,
Ou busca a trilha mais fácil.
O discernimento –
Destravando o ágil.
Na percepção da conquista,
Aprofundando-nos na pista -
Até atingirmos o ponto máximo.
No entanto, sempre haverá,
O lugar para o aprendizado.
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Blog Poesia Translúcida