Decreto declarado
Por que esse pressentimento ruim?
Que vai tomando posse –
Do meu coração,
Enlaçando feito um nó, sem condição.
Ao fechar os olhos –
Uma terrível visão.
Marejando –
Vertendo em cascata.
Translúcida –
Quanto a luz do dia.
Inquietando-me –
Causando vertigem.
Será que há explicação,
Ou elucidação –
Para este misto de sentimentos?
Que faz um rebuliço,
Aqui dentro.
Por que teimo em insistir?
Se ao certo é desistir -
Para florescer nova vida,
Tornando-me –
Mais forte e atrevida.
Em meu percalço,
Sempre esteve a inteligência.
Com paciência,
Minando a essência.
Em meu novo –
Decreto declarado:
De virada a página,
Rabiscar novos sonhos.
Nada de migalhas –
Do passado.
Na transparência –
Do futuro,
Ao longe vislumbrado.
Nunca estive sozinha,
E jamais estarei.
Acompanhada desde o início,
Para sempre.
Não se misturam –
Luz e sombras.
Na métrica das palavras –
Sem regras.
Farei a liberdade –
Para despontar a felicidade.
Nasci iluminada –
Pelo meu guia interior.
Por alguns momentos apagada,
Ascendeu na transitoriedade –
Cessou a escuridão.
Finalmente, sai do túnel,
Resgatada pelo anzol.
Na vida dos outros,
Desejo ser farol.
Para ter o cuidado,
E o discernimento –
Transmitir positiva energia.
Em alfa e ômega,
Completa sinergia.
A dor e o sofrimento,
Deixando para trás.
Disseminando a alegria,
Em tudo que me apraz.
24/01/2023
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