Sei fazer minha cuia muito bem
A cuia cevada e curtida trazia o teu chimarrão
Hoje vazia e fria jaz n’algum lugar do galpão
Sei fazer minha cuia muito bem
Mas à minha roda poucos vem
O gosto amargo é o sabor do cevador
E o mate dela tinha gosto de amor
Agora que você se foi
Pela porta aberta o frio entrou
Eu, sozinho, sentado à moda turca
Não tenho você pra passar a cuia
Meus braços sentem a enorme falta de nós
A minha palavra, seca, não tem mais voz
Ai! meu peito dói de respirar
Não sei se falta tu ou falta ar