A cidade é um cinzeiro
Onde eu quero pertencer?
De onde eu vim não tem vento
A cidade é um cinzeiro
O minuano não vence os obstáculos de pedra que o diabo construiu
D’onde já se viu empilhar tanta pedra pra se morar?
Prefiro antes a tapera como lar
Pisar no chão vivo
A cidade é um cinzeiro de esperanças perdidas
Às vezes, deixo queimar
Prudente, dou ouvidos a quem quiser falar
Mas me arrependo toda vez que me deixo levar
Que cultura é esta urbana que está em todo o lugar?