SOBRE NÃO SER SOCIAL
Amo as pessoas. Todas elas. Mas isso não significa necessariamente que tolero quando elas invadem o espaço que marquei como meu somente. Tenho necessidade de muros, cercas e redomas. Sou aquele cara que costuma observar tudo de perto, mas escondido na moita, sem ser visto. Abraço as pessoas, mas só quando eu quero. Tenho uma tara cruel pelo meu pequeno latifúndio de solidão, os meus momentos da verdade, quando libero o meu animal selvagem, quando passeio com a minha besta-fera. Imagino mil vidas e civilizações, faço planos e traço metas, crio textos e sinto a arte entre as veias.