Para os últimos românticos
Sabe, passeando pelos versos e por ideias eloquentes as quais não me satisfaço em retê-las somente comigo, ascendeu em mim um grande desejo. Mas sabe aquele desejo que te desperta curiosidade e interesse pelo destino sem ter pressa e ansiedade?
Pois bem, o meu simples desejo para todos os eternos apaixonados que talvez também se sintam os últimos românticos do litorais desse Oceano Atlântico, como já diz desde muito tempo o poeta Lulu Santos, é que todos aqueles escritores intensos das páginas da vida que lamentavelmente precisaram interromper a escrita das páginas de um belo livro tenham a oportunidade de resgatar aquele amor que até então é da vida, mas não para a vida.
E se salvarem do cativeiro esse amor, que então depois do fim da suspensão do prazo de continuidade da escrita recomecem a escrever novas linhas, parágrafos, versos e estrofes com vontade, entusiasmo, com tinta na caneta para fazer valer o tempo de inércia. Mas não posso deixar de elucidar que o tempo da inércia é válido e importante na vida de qualquer poeta/escritor no sentido de amadurecer as ideias. Na melhor das hipóteses, tudo o que vem depois dessa inércia é resultado. É um silêncio que vem para processar palavras sábias.
Pensando acerca desse desejo e também possibilidade, como tudo é na vida, vou parafrasear uma frase dotada de sabedoria e inteligência emocional simultâneas: “Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem, é porque nunca as possuí”. Essa frase do John Lennon faz com que tenhamos esperança no destino e nas voltas que o mundo dá de uma forma saudável, sem tensão, sem apreensão e sem medo, pois o que for para ser, será.
E na chancela do êxito, para que orgulho se existe amor e o tempo não o apagou, em que pese o rancor?!