Dentro, no Centro
Às vezes me deixo ir mais para baixo, subsolo do que sou de Alma e corpo físico. Buscando refúgio no lago sem nada que me aconchegou, me completando em amor e sentido.
Não me enxergo, não me vejo, somente me sinto Nele.
No nada, lago sem nada amoroso.
E saber que quando chego no, basta! não tem nada de, basta! é porque chego no fundo sem fundo e estabilizo.
Paro porque a sensação, a percepção , o sentimento, seja lá o nome que se dá ao que sinto, dá na mesma, vai tomando completude dentro, levando para o mesmo estado que senti da última vez.
Um sentimento de satisfação de ser gente dentro! Junto a um Sagrado que me nomina, dá sentido de pertencimento, sinaliza que é isto mesmo o que tinha para eu viver.
Mesmo que às margem continuo na persona valente, vez outra, cabocla, dada a sabichona, possuidora das mais loucas e silvícolas emoções, que deverei dar conta de resolver-me em todas elas.
Olhando de qualquer perspectiva para este lago, cuja natureza é de um nada amoroso, só faz é fazer-me ser absorvida por ele.
Não sei se isto é proeza mental, psíquica, anímica, ou espiritual. Sei que Sou Nele.
Por hoje, basta!