Continuum
Aqui da casa que moro, procrastino decisões, vivo o assombro da amargura, vez outra, o Sol radiante da alegria.
Emoções inesperadas, deixo de estar, estando, faço, por vezes, além daquilo que suportaria, ao final, entendo que era assim mesmo que era para ser.
Sou forjada por entre o martelo e a bigorna, coisas do Espírito, livre desde antes dos tempos para moldar, levar o ser à purificação, à saturação que ultimará numa obra nova.
Não me reconheço mais sem Ele, condutor, “nous” que me trouxe para viver um tempo aqui.
Como vento, a Mente Maior me toma pela mão direita, impulsionando-me a campear, move e entranha-me integralmente na vida, mesmo que nalguns resultados, absorvo-me inteira no emocional que estava engavetado, pronto para o uso, que me valho no inopino de uma ação. Dor, desespero, precipitações... quedas de quem vive o discipulado e ainda não está apto a pilotar os mecanismos internos de prevenção ao erro.
Casa que moro, misto de eu feita, e o Eu que me refaz, me remodela, confrontados no contato com a vida, esta que o mundo compartilha comigo, e eu com ele.
Me refaço, e me remodelo, rumo àquilo que nunca fui.
Hoje, Eu, e o trabalho interior sendo.