Paralelas...
Por incontáveis vezes estive aqui, aonde estou!
Paralelo a mais perfeita e irregular das linhas, a linha do horizonte!
De longe, vendo incrédulo pelo que assisto desatinos tantos,
E além do que se apresenta, não crendo e não querendo me acostumar!
Daqui, podendo ver, quase tudo! ...ver, até o que nunca consegui notar.
Gigantes clarões e mais clarões, à se perderem de vistas.
Notar, no que onde um dia foram verdes, cores, vastidão, vidas e belezas;
Agora, infelizmente daquilo tudo, restando muito pouco! ...quase nada.
Estradas longas, largas, carregadas! lotadas de rodas, de riquezas, de coisas...
Coisas feitas pelo homem, que na ânsia por destruir e destituírem vidas,
Fizeram erguer-se uma outra “floresta”, sem verdes, sem cores, sem...
São rochas gigantes e monumentais. ...belas apenas, às vistas humanas.
E justamente, nessa ostentação...dessa selva de pedra, locupletaram-se entre si
retroalimentando perversidades e, revezando-se em ganância, e poder!
Vejo um sem número, como zumbis, andando pra lá e pra cá, dia inteiro!
Vendo também, uns a tramar emboscadas e embustes, sobre os seus...
Coisas que nunca vi...nunca ventiladas...nunca acontecida entre nós, pequenos voadores!
Agora! Aqui, não mais sozinho a apreciar e tentar decifrar o que desejam os homens
Nesse mesmo lugar, aonde facilmente me equilibro, mais um...mais outros, outros vários mais, se achegam!
Mais e mais... Somamos dezenas de nós, neste momento,
Onde o dia já se despede e a noite pede permissão e passagem (e vêm junto, lua, estrelas e mistérios) !
Perfilados e alinhados...observando...quase tão extensos e longilíneos, quanto é
e se desenha, nova linha do horizonte!
Para juntos e calados apenas apreciando, tentarmos entender (quem sabe) a vontade humana!
Enquanto isso...
Estaremos por aqui...por aí...pelos chãos...pousados...presos...pelos ares
Sempre cuidando desse Mundo Lindo que Deus nos deu.
O Deus, que também é teu Deus, não se esqueça!!!