Um caos imaginário
Às vezes tudo o que eu queria eram seus braços,
me apertando enquanto eu choro durante um filme, sabe?
Um conforto, um abrigo, onde nada importasse.
Onde tudo ficasse lento, com uma música emocionante de fundo e onde eu pudesse só fechar os olhos e imaginar a gente dançando ou fazendo alguma coisa aleatória de filmes clichês de casal.
Mas nesse momento eu me vejo caminhando na orla
gelada de uma praia vazia,
com nada além de frio e paisagem para apreciar e sentir.
Às vezes eu me imagino caminhando pelo céu noturno, fitando as luzes dos postes que clareiam as ruas mal iluminadas,
Sem ligar pra onde eu tô indo,
como se nada importasse pra mim.
Eu me sinto preenchendo muitos lugares ao mesmo tempo.
Girando, sentindo,
chorando, sorrindo
Correndo, abraçando,
parado..., esperando.
Como se tudo importasse,
como se o caos na minha cabeça fosse uma benção...
E eu tô aqui
e não tô, ao mesmo tempo...
Me importando, deixando pra lá,
Sendo abraçado e abandonado pelo tempo.
Mas faz parte
Eu sou tão inconstante quando esse caos na minha mente.