O REFÚGIO DA MISSA
Foi no silêncio da Igreja
Que tanto encontrei paz pra refletir
Foi na atmosfera mística da Missa
Que encontrei quietude
A alma pôde dar um suspiro de alento
E lembrar que sou humano
E que Deus sabe bem disso.
O sussurro das beatas debulhando o terço
se confunde com chuva caindo ou alguém chamando um gato...
Uma velhinha que cochila na banca depois de um dia todo enfrentando o calvário de ser dona de casa.
A troca dos olhares dos jovens, querendo descobrir a paixão sem querer soltar a corda da santidade proposta.
De repente um bêbado ou um louco entra e segue até o altar...me pergunto o que se passa na cabeça. E nos gestos, chego a sentir uma ponta de inveja, por não ter fé assim.
Que estranho fascínio é esse que a imagem do padre desperta sobre bêbados e loucos ???
A Igreja é sinônimo de maternidade. Portas sempre abertas, acolhe a todos, não exclui ninguém.
Continuo aqui no meu canto, em silêncio, pensando em tudo que me disseram ser pecado. Mas, desejando sempre estar na mira do olhar Daquele que me vê como criança, esperando um abraço de Pai.