MADRUGA CAPITAL

Uma sombra esguia escorre pelas paredes de um prédio

A cidade morta, ecoa gemidos mudos na madruga

E seu silêncio molhado revela um centro sujo e sem paz

Almas vazias vagam em gritos e festas internas

Eu vejo fogo por onde olho

Eu sinto fogo por onde passo

Meus pés rápidos temidos pelo ácido

Desvio de gotas a cada dois passos

Rezo uma.oracao que eu mesma inventei

Eu invento tudo, luz e cor por onde vou

Para colorir a noite morna

Faz 24 graus às 3 da manhã.

Faz 24hs às 3 da manhã

Abrem as portas às 3 da manhã.

Eu não mais durmo, voltei a vagar.

Eu só bebo água, e bem devagar

Eu só bebo água, tentando encontrar

Um peixe fora dagua, uma mancha de mostarda,

Meu tênis sujando o solado

Eu queria só estar ao seu lado

Mas a vida tratou de atender

Todos os pedidos em ordem errada

Se eu tenho tudo que pedi

Não posso mais pedir ter vc.

Não posso viver só de salada.

Eu vou trocar as ordens das palavras

Eu vou tentar confundir o sistema

Eu n sei mais o que vale a pena

A madruga é quente Ms TB serena

Eu cuspo as frases, eu chuto ratos

Por onde eu passo é só meu legado

Ser forte, e sempre por nós

Nos ombros a responsa de não ser só por mim

A vida te deixa a sós

É você por você, na capital é assim

É sempre por nós quando amanhece o dia

Quando o sol se vai, estão todos sozinhos

A Cidade úmida, humilha seus filhos

Tudo está sempre perdido

Mas no caminho perdido, procuramos por luz.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 05/01/2023
Código do texto: T7687444
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