Que o vento leve …
… tudo que não vale a pena ficar, que não tem valor e nem importância, deixando apenas o que é essencial.
Neste último dia do ano, encontrei-me com o vento que vinha sorrateiro do Sul. Pelo que percebi, ele tinha como propósito desviar-se do rumo do que se deve esquecer, porque não foi bom. Então, ele passou rápido, dobrou as esquinas das decepções, varreu as amarguras e colocou, na lixeira da vida, todas as atitudes que não condizem com os princípios de respeito, ética e solidariedade.
Na avenida da esperança, que fica paralela à rua da fé, encontrou-se com as amigas alegria e felicidade. Ele fez sinal para que elas parassem e lhes perguntou as horas, pois havia marcado encontro com o bem-aventurado Ano Novo e não queria se atrasar. Agradeceu-as, pela informação dada, e seguiu por aquelas ruas floridas sem deixar que as brumas atrapalhassem o seu propósito de chegar, em forma de brisa, ao destino escolhido – um lugar onde será possível se conviver em harmonia, praticar-se a empatia e se encantar com as belezas da vida e da natureza.
Esse lugar existe, acreditem, ele é cultivado por aqueles que tem fé, amor no coração e leveza n’alma. Dessa mensagem que captei, fortaleci o desejo de cuidarmos do nosso habitat, transformando-o em celeiro de bem-querer, plantando sentimentos que irão florescer e serão colhidos para alimentar nossa arte de viver e compartilhar a vida em forma de prosa e poesia.
Feliz 2023!
Iêda Chaves Freitas
31.12.2023