O novo
Vou deixando para trás as velhas feridas,
Caminhando em passos contidos ao que há de vir
Vou serpenteando meus caminhos, aos poucos levantando minhas mãos aos céus,
Olhando de sorrateiro para o que vai se distanciando de mim, reluto em olhar adiante,
Mas não posso parar, morte e vida, quase se tocam, o velho e o novo de mãos dadas, prontos a se despedir,
O coração palpita, em batidas aceleradas,
O medo, a dor, a incerteza do que vou encontrar por trás daquela porta misteriosa.
O que vira?
O Que será?
Num piscar de olhos tudo vira cinzas,
E como magia, eis que surge é Fênix ressurgindo das cinzas,
É mais uma ano, que nasce das entranhas do universo, novo, cheirando a leite,
Eis que tudo recomeça,
E eu inquieta, mesmo em terror, firmo meus passos, porque nessa caminhada, não há como voltar,
Só me resta avançar, rumo ao novo, desconhecido, que me espera, logo depois a porta a se abrir.
E todos se rendem ao feliz Ano Novo que há de vir.