Ode ao Presente
Tenho mil planos futuros, mas o presente é meu Rei.
Sou sua rainha e ao mesmo tempo humilde súdita.
Rendo-lhe homenagens depois de tudo que já passei.
Só o presente justifica o calor do púlpito, a aclamação da multidão.
Somente ele é capaz de causar tanto júbilo, tanta palpitação.
Só ele pode trazer-me a mais singela alegria, límpida e súbita,
Já que cada momento significa a promulgação de uma nova lei.
Segundo a qual é considerado crime ser triste, impera o encantamento lúdico.
O conselheiro da corte avisou-me que plena amanhã acordarei.