Contempto de uma vida
Entrega tudo que se tem, sem medir, e nada terás em troca
Faz tudo que é pedido, e quando pedir de volta não terá
Traiçoeira é a crença de que haverá consideração ou afeto
Não há o mínimo e todos os dias são de profundo desgosto
O corpo não aguenta mais tanta dor acrescida de decepção
Conceitos de apoio são falsos, retribuídos em estupidez
Qualquer esperança de harmonia e comemoração é ilusão
Se há vitórias, serão suprimidas pelas ações de indiferença
É estampada a ironia de Deus em não me permitir alegria
Tão transitório em um gozo fugaz, é a fé tola em melhoras
Não existe possibilidade de que possa ser feliz, evaporará
Se há algo a celebrar, desilusões virão e então esquecerá
Não há porque viver se cada momento é uma mentira
Nota-se que vive para outrem e óbvio, não há recompensa
Aparentemente de tristeza não se morre, precisa-se agir
Se Deus me ouvisse, com muita sorte, minha vida vai findar