DIA BRANCO

Eu vi! Aquela fumaça branca, parecendo névoa e que nem fumaça era! Eu senti aquele ar frio que nem frio era, apenas fresco por causa dos finos fios de água descendo das nuvens...

Era ali mesmo que eu estava sentado, naquele minúsculo terraço, uma varandinha adornada com uma pequena cesta com flores coloridas e perfumadas. O perfume delas não chegava incomodando... Era perfume fresco, discreto, que se misturava ao vento, ao ar.

Era claro o dia. Branco. Claro e branco. E fresco. Limpo. Ficou limpo porque a água da chuva lavou as ruas riscadas, o ar cinza de pó e deixou tudo transparente, translúcido, quase brilhante.

Só não conseguiu deixar minha mente lúcida. Ainda agora não consigo concatenar idéias nem conclusões pra decidir o que fazer. Afinal, com esta chuva, boa música e tempo livre porque preocupar-me-ia com decisões quanto a lugares, horários e pessoas?