Epílogo da Primavera

Defraudada sou feita de memórias, pelos ventos que sopram trazendo consigo os cheiros da primavera, azaléias e sonhos foram arrastados por ele.

Ainda lembro de suas canções em meu telhado, em minhas memórias eu o visito, nas tardes de domingo eu não o vejo, em minhas árvores a falta do lírico, que falta eu sinto, aquele desejo. Com roupas no varal, agora conto apenas com o sol.

Enquanto a primavera se despede, as margens de mim, a tarde morna se vai, ainda úmida de saudade, confesso-me ao vento, meu único amigo.

Iara Emannuele
Enviado por Iara Emannuele em 15/12/2022
Reeditado em 16/12/2022
Código do texto: T7672469
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