Epílogo da Primavera
Defraudada sou feita de memórias, pelos ventos que sopram trazendo consigo os cheiros da primavera, azaléias e sonhos foram arrastados por ele.
Ainda lembro de suas canções em meu telhado, em minhas memórias eu o visito, nas tardes de domingo eu não o vejo, em minhas árvores a falta do lírico, que falta eu sinto, aquele desejo. Com roupas no varal, agora conto apenas com o sol.
Enquanto a primavera se despede, as margens de mim, a tarde morna se vai, ainda úmida de saudade, confesso-me ao vento, meu único amigo.