Ninguém é "inteiramente".
Gosto das agruras dos caminhos, porque levam a leveza do meu sorriso pra toda vez que chegar. Carrego saudades pelos brilhos de luares estendidos sobre meus sertões. E de vez em quando paro alguns instantes para ouvi-las atentamente no meio de minhas andanças.
Vida é retrato revelado pelas surpresas de cada dia.
Gosto da chuva dos olhos que lacrimejam pelas emoções que o bem estar e a felicidade causam. Chorar de alegria é sorrir com a alma em calmaria. Coleciono esperanças de um mundo melhor, embora saiba que às vezes seja somente poesia, por estar no meio de tantas insanidades.
Gosto dos voos livres nos ares do meu ser, porque alcanço os mais nobres e os mais pobres horizontes que tenho. Quando pouso, não determino o tempo que vou ficar, mas permaneço até onde consigo me entender e até aonde o bem me estenda.
E assim nessas ranhuras de letras, permito-me ser prosa, poesia ou tão somente frase, para que os olhos que me veem, leiam e façam interpretações, mas não me concluam. Ninguém é "inteiramente". Estamos sempre em pedaços por aí.