Fugaz
Tinha um quadro naquela parede que era quasse uma metáfora com sua natureza morta, e depois do cume da escada eu descia planando pelo corrimão,
O passado com sua fugacidade existencial, sensação melancólica de algo irreparável, estruturas e repetições de ternura materna,
E depois a sala familiar tão sóbria e tão sonora mais também solene em seu silêncio de leitura e conversas reservadas, ainda vejo essa função temporal, esse relógio como símbolo do tempo que resume velhice e morte,
Mais agora a realidade se esconde no íntimo do meu ser matando muitas ilusões e semeando interrogações,
O presente transcorre com esse desprezo cheio de propósitos e aspirações...